Aproximando o MP à sociedade, Encontro Mães e Cidadania discutiu temas essenciais

Realizado no dia de ontem, 11 de junho, o Encontro Mães e Cidadania debateu temas super necessários no que diz respeito à nossa sociedade. O encarceramento feminino, a luta das mães de crianças com microcefalia e também a situação das mães de vítimas da violência foram os temas centrais em discussão no evento que foi promovido no auditório da Escola Superior do Ministério Público de Pernambuco.

“O público presente ficou muito impactado com as realidades expostas durante as falas feitas no Encontro. Foi possível ver a importância do Ministério Público exercitar a empatia, de estar nos espaços e conhecer a realidade dura das pessoas para atuar com o intuito de mudá-la e de ter aproximação com a sociedade. Aproveitamos para falar dos canais de acesso institucionais do MP, que é um meio de esclarecimento de caminho para demandar a atuação do Ministério Público”, afirmou Maísa Melo, promotora de Justiça e associada da AMPPE que conduziu os trabalhos do Encontro.

Participaram no evento ainda Fernanda Alves, da organização de Mães da Saudade – um grupo de mulheres cujos filhos foram vítima de violência, esclarecendo como a organização funciona e dá apoio a essas mães. Em seguida, os participantes do Encontro ouviram depoimentos de mães cujos filhos foram assassinados; A promotora de Justiça da Vara das Execuções Penais, Irene Cardoso trouxe informações sobre a situação das mulheres encarceradas em Pernambuco: mulheres grávidas, idosas etc. Ainda foi debatida a questão da luta das mães de crianças acometidas da síndrome congênita da Zika Vírus.

“Na fala de todas as mulheres presentes no Encontro, a luta; a insuficiente atenção dispensada pelo Poder Público; o abandono dos homens, um dia companheiros; o preconceito da sociedade; a falta de empatia, enfim, a prisão da mulher a céu aberto, as correntes impostas pelos atos masculinos de alguns homens insensíveis à vida que depende de um ventre. Foi uma tarde de lágrimas e de exemplo de determinação”, relatou a procuradora de Justiça Maria Betânia Silva