Audiência do caso Thiago Faria vai até sexta

Começou ontem, 24 de março, e vai até a sexta-feira, 27, a audiência de instrução e julgamento sobre o assassinato de Promotor de Justiça de Itaíba, Thiago Faria Soares, ocorrido em outubro de 2013, no Agreste Pernambucano. A audiência está sendo realizada com a participação do Ministério Público Federal (MPF), do assistente de acusação e dos advogados de quatro dos cinco acusados.

De acordo com o advogado da família do Promotor Thiago Faria, André Canuto, até o momento os depoimentos têm sido bastante contundentes, no sentido de confirmar os fatos narrados na denúncia. “A expectativa é de confirmarmos os fatos da denúncia ao máximo possível e que todos os réus sejam pronunciados, e assim vá o júri à fase de julgamento em plenário”, afirmou ele. Canuto foi contratado pela a AMPPE a pedido do pai de Thiago, Cláudio Salvador Soares, e está atuando como assistente de acusação do MPF.

No primeiro dia de audiência, realizado nessa terça-feira, a juíza Amanda Torres, da 4ª Vara Federal, colheu os depoimentos da então noiva da vítima, Mysheva Martins, e do tio dela, Adautivo Martins, ambos sobreviventes na emboscada que resultou na morte do Promotor, além de testemunhas de acusação residentes em Águas Belas – PE. Os depoimentos colhidos ontem foram feitos através de videoconferência entre a sede da Justiça Federal, no Recife, e a subseção de Garanhuns, no Agreste.

A audiência continua hoje, a partir das 9h, iniciando com o depoimento do pai de Mysheva Martins, Lourival Freira Ferrão Filho, além das demais testemunhas que estão em Garanhus, Arcoverde, no estado Alagoas e no Recife. As testemunhas arroladas pelas defesas serão ouvidas nos dias 26 e 27, quinta e sexta-feira. Também na sexta-feira, serão realizados os interrogatórios dos réus.

Sobre o andamento do caso, Canuto, disse estar otimista. “Apesar da tragédia com Dr. Thiago e da demora das investigações, a tramitação judicial está bastante célere”, comentou. Terminada a audiência, serão feitas as alegações finais pelo MPF, pela Assistência e pela defesa, através dos advogados de cada acusado. A decisão da juíza pode ser de absolvição sumária, impronuncia ou, conforme o Ministério Público espera, pronuncia.